sexta-feira, 28 de março de 2014

I'm on the Highway to Hell! *

Não sou uma daquelas pessoas que acordam com mau humor. Mas se há coisas que conseguem acelerar os meus 50 batimentos cardíacos por minuto, são as crianças irritantes logo pela fresca. Os personagens: uma miúda pequenina, a mãe e a avó. A acção decorre entre as 8:30 e as 9:30 manhã, num comboio para Lisboa. O comboio está para chegar. Faltam dois minutos. A mãe e a avó estão em amena cavaqueira, enquanto a miúda, com uns óculos fundo de garrafa, anda a grunhir qualquer coisa de um lado para o outro. Ao fundo avista-se o comboio. A mãe e a avó continuam em amena cavaqueira. A miúda debruça-se sobre a linha para ver melhor o comboio, e a mãe e a avó 'nem fava nem tremoço'. Não, infelizmente a miúda não caiu à linha. Se bem que me dava jeito, pois além de acabar já aqui o post, teria tido um pretexto válido para não ter que me deslocar à capital.
Entramos no comboio. No banco à minha frente uma gaja feia dorme, enquanto um fio de baba lhe escorre pelo canto da boca. Sexy. As três da vida airada sentam-se no banco logo a seguir. O comboio, Regional, começa a parar em todas as estações e apeadeiros, como mandam as regras. A miúda questiona: "Pukéku combói vai xó a pará?". A avó, voz da experiência, responde: "O comboio vai parando para ganhar força para depois continuar a viagem..". Eu penso para comigo: "Tá bonito.. mais valia ela ter caído à linha, que sempre morria menos estúpida..". Adiante.
A miúda continua a observar tudo ao seu redor. Dispara a seguir: "Olha, vai ali ôta menina a drumir!". A avó responde: "Tu também podes dormir..", como se a miúda precisasse de uma qualquer espécie de autorização para fechar os olhos. A gaja à minha frente guincha qualquer coisa, limpa a baba, e vira-se para o outro lado. A mãe da miúda vira-se para ela e pergunta: "Sabes porque é que as cegonhas fazem o ninho lá no alto?" - apontando para o cimo de uma chaminé, num dos apeadeiros. Eu penso: "Finalmente a miúda vai aprender alguma coisa..". A mãe responde: "Porque assim, quando acenderem a chaminé, ela e os filhotes vão estar quentinhos..."
Eu penso: "Afinal deviam ter caído as três à linha.."
A gaja à minha frente morre afogada em baba. 
O comboio pára. Chegamos. Finalmente.

                                            * Frase Nicola: "Um dia por semana publico um texto retirado do Blog antigo. Hoje é o dia!"

terça-feira, 25 de março de 2014

Da Crimeia a Carrazeda de Ansiães

Desconfio que os próximos tempos serão agitados do ponto de vista político. Nas próximas semanas a comunidade internacional terá de aprender a lidar com importantes acontecimentos, tais como a anexação da Crimeia por parte da Rússia, e a música que Portugal vai levar ao Festival da Canção.
Eu posso não ter tido nada a ver com aquela merda, mas, pela parte que me toca, quero pedir desde já desculpa aos nossos camaradas Europeus que vão ter de levar com aquela chinfrineira. Não percebo esta necessidade que temos, ano após ano, de nos humilharmos a nós próprios no palco Europeu. Afinal de contas, se era para isso, mais valia termos deixado o Portas a Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Levar a Susy ao Festival da Canção é um erro tão grande quanto seria a Sara Sampaio um dia acordar e decidir que queria mudar de sexo e chamar-se Jorge. Ou quanto foi terem partido do princípio que o avião das Linhas Aéreas da Malásia havia sido engolido pela Adele. Eu até acho bem que o nosso país aposte na exportação de azeite, mas não desta maneira. Se é para exportar azeite de má qualidade, mais vale os senhores do Gallo começarem a encher as garrafinhas com urina de cavalo, do que mandar a 'Suze' para a Eurovisão. Até porque o lugar da 'Suze' não é na Eurovisão: é naqueles programas de Domingo à tarde, que me fazem regularmente rezar para que se esbardalhe um meteorito contra o Festival de Enchidos de Moimenta da Beira, ou que caia um relâmpago em cheio no microfone do Nuno Eiró, em plenas festas da Maçã de Carrazeda de Ansiães. 

sábado, 22 de março de 2014

O Anormal do Saxofone *

Tenho uma besta de um vizinho que toca saxofone. Ou melhor: ele tem a mania que toca saxofone, mas na verdade faz-me lembrar o Jim, do American Pie II, a tocar trombone, naquela cena em que a plateia fica a pensar que ele sofre de algum distúrbio mental, tal não é a qualidade da actuação.  
O meu vizinho também é assim. Sopra para aquela porcaria, carrega nos botões, e pouco mais. Todos os dias, pela manhã. Repito: pela manhã! Logo, como devem calcular, "atrasado mental" é provavelmente a coisa mais simpática que eu lhe chamo todas as manhãs em que posso ficar na cama até mais tarde.
Há dias encontrei-o no prédio, e lá ia ele com o instrumento na mão. Não, não andava a passear o pirilau pelas escadas com uma coleira. Levava sim o saxofone numa mala própria para o transportar. 
Eu, do alto da minha arrogância, e ao nível do que uma boa conversa de circunstância exige, perguntei-lhe: "Então, já dominas isso?" - o que, a bem dizer, não passou de uma questão retórica, já que estou fartinho de saber que ele domina tanto aquilo, quanto eu domino o ciclo de reprodução das formigas saúvas africanas. 
No entanto, aquilo que me apetecia dizer-lhe era: "Olha meu cabrão.. giro giro era alguém enfiar-te o saxofone pelo cu acima e soprar, para te encher com ar até explodires..!"
E, quando ele explodisse, era vê-lo a sair disparado pela janela, a perder ar, como aconteceu daquela vez que trinquei uma mama à minha boneca insuflável.
Ainda sinto a tua falta, Marlene. 
                                           Porque o Chef também precisa de folga, ao Domingo o prato do dia é um texto retirado do Blog antigo.      
                                         ** Sim, hoje ainda é Sábado. Mas é só para verem que quem manda aqui é este menino!  

quarta-feira, 19 de março de 2014

Dificuldades de Processamento de Informação

Estou a ter dificuldades em processar alguns acontecimentos das últimas 24 horas.
Ontem, a Courtney Love diz que descobriu o avião das Linhas Aéreas da Malásia, através de imagens de satélite. Uma gaja que tem mais pó branco no corpo do que um padeiro, e que teria dificuldade em distinguir um Ovo Kinder de uma travessa de amêijoas à Bulhão Pato, encontrar um Boeing no meio do Oceano Índico, seria praticamente o reconhecimento de que qualquer arrumador de carros é um potencial vencedor de um Prémio Nobel.
Depois, à noite, vi um filme [este] em que um homem de meia idade se apaixona pelo Sistema Operativo do próprio computador. Acho um disparate completo, sobretudo se pensar que se há uns anos atrás me tivesse apaixonado pelo Windows Vista, provavelmente teria sido acusado de violência doméstica. Qual será o próximo grito de Hollywood? A epopeia de um cu que se apaixona por um frasco de sabonete líquido? Ou a história de um casal de lésbicas que decidem fazer um ménage com o urso da Natura, vestido com uma fralda para a incontinência?
Pelo andar da coisa, ainda descobrimos hoje que aquela rapariga que desapareceu há uns anos no Algarve, afinal está de Erasmus na Republica Checa.. 

segunda-feira, 17 de março de 2014

A semelhança entre ter ex-namoradas e ir ao dentista *

Primeiro, e antes que façam juízos precipitados ao lerem as primeiras linhas do parágrafo que se segue, quero dizer-vos que a minha intenção com este post não é transformar este blog numa espécie de "Consultório Sentimental da Revista Maria".
Cá vai: Ao longo da vida, todos nós associamos músicas a determinadas pessoas e momentos. Quanto mais não seja, porque todos já conhecemos alguém que, em dada altura, nos veio com aquela conversa do "Esta é a nossa música!". Isto até pode parecer fofinho na altura.. mas deixa de ser engraçado no dia em que acontece merda. A partir do momento em que as duas partes se afastam, acabamos por sentir que estragamos uma música de que gostávamos e que, daí em diante, sempre que a ouvirmos, nos vai fazer lembrar alguém que gostaríamos que estivesse a deslizar com o cu por um corrimão cheio de lâminas abaixo, e que mergulhasse seguidamente num alguidar com álcool. 
Mas a mim já não me enganam. Agora, sempre que uma gaja me perguntar "Então, e o que é que tu gostas de ouvir?", a minha resposta, previamente decorada e ensaiada, é "Olha, aprecio muito os Anjos, gosto de Roberto Leal, Fafá de Belém e tenho pena que os Delfins tenham acabado..". É remédio santo! Julgava eu...
Acontece que, quando eu pensava que tinha toda esta situação sob controlo, comecei a ter consultas numa dentista que tem uma televisão ligada, em canais de música, no consultório. Ora, se por um lado tenho conseguido evitar que as gajas me estraguem mais músicas com a técnica que atrás explicitei, por outro, sempre que oiço uma das músicas novas dos Arcade Fire, associo ao tratamento de uma cárie que tinha num dente incisivo, enquanto que existe uma dos Coldplay que associo à desvitalização de um molar.
Ninguém merece.

                                      Porque o Chef também precisa de folga, ao Domingo o prato do dia é um texto retirado do Blog antigo.
                                           ** Porque o Chef se esqueceu, o habitual post de Domingo apenas chegou à Segunda-Feira.

sexta-feira, 14 de março de 2014

E vocês, precisam de alguma coisa?

Recordo-me de quando apenas havia sorteio do Euromilhões à Sexta-feira. Já nessa altura eu achava que a verdadeira essência do jogo era a de fazer sonhar as pessoas. Mais do que a hipótese de se tornarem "excêntricas" enquanto o Diabo esfrega um olho, as pessoas que registam um boletim do Euromilhões compram sim o facto de poderem sonhar com o que fariam ao dinheiro. 
Quando apenas havia sorteios de Euromilhões à Sexta-feira, eu registava sempre a minha aposta à Segunda-Feira. Assim tinha toda uma semana para pensar nos destinos paradisíacos que haveria de visitar, nos carros que iria ter, nas casas com vista para o mar, e na distribuição de presentes que faria pelos familiares e amigos mais próximos. 
À minha mãe calhava sempre um balde do lixo novo. Azul. É que, na minha opinião, o vermelho que ela tem na cozinha não combina com os azulejos. A resposta dela perante a minha generosidade normalmente é algo do género "Olha Pedro, sabes bem onde é que podes enfiar o balde do lixo, não sabes..?", ao que eu geralmente lhe respondo "No porta bagagens do Renault Clio em segunda mão que também te vou dar, mamã." E pronto, ela vira-me as costas e vai à vida dela. E ainda bem, porque eu não gosto de falar com gente mal agradecida. Eu percebo que a ela já lhe tenha "saído o Euromilhões" no dia em que eu nasci, mas isso não é razão para desrespeitar os meus sonhos daquela maneira.
Por falar nisso, vou ali registar o boletim para hoje. Parece que são 129 milhões, não é? Além do balde do lixo azul, talvez lhe faça outra surpresa e ponha também umas prateleiras novas na despensa. Estou um mãos-largas hoje.

terça-feira, 11 de março de 2014

Cabrões dos Hipsters..

Com que então a fazer strip'zinhos com o uniforme de serviço, han? Realmente é triste. É triste que numa noite em que muitas gajas andavam a comemorar o Dia da Mulher, com pilas de plástico na cabeça a fazer de coroa, e a emborcarem vinho em quantidades de fazer inveja ao Deus Baco, decidam ir embirrar com o desgraçado do Cabo Almeida, que por 200€ decidiu proporcionar toda uma noite inesquecível de trocadilhos com as palavras "pistola" e "cacetete" a meia dúzia de solteironas de Oliveira de Azeméis.
Dias antes, havíamos já tido outro triste espectáculo, com a manifestação em frente à Assembleia da República por parte das forças de segurança. Não que a luta deles não seja legítima, mas a forma como alguns falaram à comunicação social, misturada com o constante rebentar de material pirotécnico ao longo do cortejo, fez-me ter mais medo dos profissionais da GNR, do que de qualquer terrorista que tenha estado envolvido em atentados nos últimos 30 anos. 
E por falar em terrorismo, viram aquele avião das Linhas Aéreas da Malásia que está desaparecido? Ainda sou do tempo em que no máximo desapareciam miúdas inglesas de aldeamentos no Algarve. Agora a cena já vai em Boeings 777. Cabrões dos hipsters.. sempre com ideias novas!

domingo, 9 de março de 2014

Três tipos de pessoas que já morriam

Se há coisinha capaz de me fazer fornicoques, é ir de carro, parar para alguém que está na passadeira atravessar, e a pessoa mandar-me avançar a mim. Com aquele ar de como quem diz com os olhos "Avança tu Pedro, que a única coisa que eu tenho para fazer no resto do dia é coçar a bilharda!". Não fosse o facto de estarmos em crise, e de um bate-chapas cobrar aí 40 ou 50€ à hora, teria a amabilidade de responder a essa gente com o ar de "Então e que tal ires raspar o alcatrão com os dentes?", enfiando-lhes de seguida tamanha pantufada com o meu veículo, que os fizesse ter que andar com um colar cervical, e a barrar os membros com Ozonol, pelo menos durante quinze dias.
Sou apologista de que, assim como é necessário tirar a carta de condução para andar na estrada, também deveria ser obrigatório tirar a carta de peão para andar na rua, nomeadamente nos passeios. Isto porque também detesto ir com pressa e apanhar três aves raras à conversa, lado a lado, que devido à dimensão astronómica dos seus cagueiros, ocupam toda a largura do passeio, não deixando uma pessoa passar. 
E já que estou a falar de coisas que me aborrecem, sugiro que da próxima vez que forem pagar contas ao Multibanco olhem para trás e vejam se está algum gajo alto, sexy e charmoso atrás de vocês. É que se estiver posso ser eu. E eu lido muito mal com aquelas pessoas que, à minha frente, usam o MB para pagar sucessivamente todas as contas dos últimos três meses.
Fica o aviso.
                          * Porque o Chef também precisa de folga, ao Domingo o prato do dia é um texto retirado do Blog antigo.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Os Óscares vistos por um gajo com problemas de cabeça

Então, viram os Óscares? O Di Caprio também não.
O "Gravidade" arrebanhou sete Óscares. Ainda só consegui ver os primeiros vinte minutos do filme, e para mim a experiência foi semelhante a enfardar uma embalagem de Xanax com meia garrafa de Tequilla. Deixo aqui a sinopse: imaginem o Armageddon realizado pelo Manoel de Oliveira. 
Nunca hei-de compreendeer as pessoas que ficam todos os anos acordadas até às tantas da manhã a ver a cerimónia, mas que nem sequer viram os filmes nomeados. Aliás, desconfio que mais de metade das gajas só assistem aos Óscares para poderem comentar os vestidos das actrizes. O que não deixa de ser estúpido, porque ver um evento de Cinema deste calibre para comentar vestidos, é como um gajo comprar a Maxmen ou a GQ para ler os artigos de opinião.
Esta edição dos Óscares ficou marcada por uma 'selfie' tirada pela apresentadora Ellen DeGeneres, em conjunto com diversos actores, que teve tantas partilhas no Twitter, que levaram aquela rede social a crashar temporariamente. Deram por isso? Não. E porquê? Porque nenhum de vocês usa o Twitter. Aliás, é mais provável vocês darem por um crash deste blog, do que por um crash do Twitter, o que de resto é um triste indicador do nível de decadência a que chegou a vossa vida.
E aquela história de encomendarem pizzas durante a cerimónia? 
Acho mal que a Angelina, uma mulher que tanto bem tem feito por crianças em África, não alimente o Brad como deve de ser. É que quem o visse a comer pizza daquela maneira, havia de julgar que o rapaz estava a pão e água desde Novembro. Só faltou limpar a boca com a manga do fato, arrotar e pedir uma Mini.
Ainda a propósito da 'selfie' (ver aqui), só queria perguntar uma coisa: o que é que o Bruma estava ali a fazer..?

domingo, 2 de março de 2014

Quando urinar se transforma numa experiência semelhante a praticar Rodeo

Passo a explicar. 
Hoje fui almoçar fora.
E existem iluminados que insistem em meter luzes com sensores de movimento nas casas de banho dos restaurantes. A intenção é boa, eu sei. Há sempre meia dúzia de bestas que, depois de "mudarem a água às azeitonas", saem do lavabo sem se preocuparem em apagar a luz. Se a luz tiver um sensor de movimento tal já não acontece, uma vez que ela se apaga automaticamente, ao fim de um certo tempo, após a pessoa sair do WC. É uma excelente ideia, não é? 
Não. Para dizer a verdade é uma ideia de merda. Sobretudo quando o sensor está configurado para apagar a luz ao fim de 3/5 segundos sem movimento no interior da retrete.
Então um gajo entra na WC, a luz acende-se automaticamente, um indivíduo mete-se a urinar e, enquanto está a verter águas, tem de estar a fazer movimentos de anca (qual Shakira, qual caraças!) para manter a luz acesa? É um espectáculo digno de registo, uma vez que se acerta em todo o lado menos no urinol.
Alternativamente, podemos usar a técnica do "Rodeo": enquanto com uma mão seguramos o "touro", com a outra mão fazemos movimentos bruscos para manter a luz acesa. Opcionalmente até podemos gritar "Ehhh biiiiiichooo!", mas não muito alto, para não perturbar os outros clientes. 
Como quero atingir a perfeição neste desporto, que tem potencialidade para ser modalidade Olímpica já em 2016, amanhã irei almoçar ao mesmo sítio. E usarei o mesmo urinol.
Superstições de atleta de alta competição.

* Porque o Chef também precisa de folga, ao Domingo o prato do dia é um texto retirado do Blog antigo.

sábado, 1 de março de 2014

A difícil arte de viver em Comunidade

Não odeio todos os meus vizinhos. Só odeio aqueles que vivem por cima e por baixo de mim. E os do lado. Cada qual pelos seus motivos. 
Os de cima porque estão naquela fase da adolescência marcada pela estupidez a tempo inteiro. Acham normal andar aos gritos às 2 da manhã dentro de casa, fumar nas escadas do prédio às escondidas dos pais, e vomitar na zona circundante ao prédio quando chegam a casa com os copos. Já a senhora sua mãe, opta por andar de saltos altos a toda a hora, o que faz com que o barulho que se ouve sistematicamente em minha casa, se assemelhe aos cascos de uma égua com 600 Kg's a fazer "step" em cima de um contraplacado.
Os do lado, nada contra eles, mas apenas contra o facto de reproduzirem. Sim, porque o bebé deles funciona como a opção "Snooze" dos despertadores: de meia em meia hora, sobretudo a partir das 4 da manhã, costuma desatar numa choradeira que a nível de decibéis é coisinha para fazer inveja a qualquer alarme das redondezas em dia de trovoada. Aliás, se ele cagar tanto quanto chora, não há dinheiro que chegue para fraldas e Halibut.
A de baixo, gosta de Fado. Sobretudo às 9 da manhã de Sábado e Domingo, e a partir da meia noite em dias de semana, o que por vezes me dá vontade de ir lá abaixo enfiar-lhe com o último do Camané no meio dos maxilares, ou cortar-lhe a carótida com um DVD da Mariza.