quarta-feira, 30 de abril de 2014

#somostodosgordos

Às vezes sinto-me sozinho. Antigamente havia mais gente como eu: gordos, feios, que passam o dia inteiro ao computador a ver pornografia, e que só saem de casa para ir comprar porcarias para comer, ou revistas com artigos sobre Diablo e World of Warcraft. Agora sou só eu. As restantes pessoas da Blogosfera são magras, giras, e escrevem textos sobre moda, jogging, dietas, ginásios e sumos com consistência semelhante à de um pacote de Cerelac misturado com três colheres de sopa de água. E eu para aqui continuo, a embadochar, dia após dia. Estou uma bola. Estou muito gordo. Tão gordo que a minha respiração fica ofegante só do esforço de coçar os tomatinhos meia dúzia de vezes ao dia. E vocês aí, todos giros e elegantes, cheios de corridinhas e ginásios e suminhos. Como eu gostava de também poder gritar aos sete ventos que sou um pão heterossexual, apesar de fazer aulas de Zumba dois dias por semana, e de usar calças de licra para correr. Invejo-vos. Mas um dia isto vai acabar. Um dia vou deixar de me empanturrar em merda e vou ser delgadinho como vocês. Sim, um dia também hei-de ter o colesterol abaixo dos 400. E deixarei de beber cerveja da parte da manhã, e de enfardar pacotes de Pringles o dia inteiro. Um dia vou ser como vocês. Um dia. Aliás, eu gosto tanto de comer, que tenho pena que não tenham atirado com uma cabeça de leitão assado, ou uma travessa de cozido à portuguesa, ao Daniel Alves. É que eu não me contento com uma banana. Sabe-me a pouco. Bananinhas é para vocês, maltinha do ginásio, que bebem iogurtes para regular o trânsito intestinal porque não podem dar puns. Eu não. O meu trânsito intestinal bem pode parecer a segunda circular em hora de ponta, que eu vou-me estar a cagar. Para isso.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Spoiler: este post acaba no fim.

Vamos lá a ver se a gente se entende: aquela merda de irem para as redes sociais, logo à segunda-feira de manhã, contar quem é que pegou sífilis a quem no Californication, ou quem é que foi decapitado no Game of Thrones no Domingo à noite, não tem jeitinho nenhum. Zero. Não tem ponta por onde se lhe pegue.
"Ah, mas o King Joffrey emborcou um copo de tinto envenenado, que até lhe iam saltando os olhos das órbitas.." - Guardem para vocês, amigos. "Ah, e o Hank Moody, que afinal tem outro filho?" - Menos rapaziada, menos. Gostavam que no dia do vosso casamento, o Padre, após comunicar com o Divino, vos anunciasse que daí a dois meses o vosso recém-marido já vos iria estar a meter os palitos com a instrutora de Ioga do 4º Esquerdo? Ou que vos dissessem que a loira boazona e bem cheirosa com quem começaram a sair, vai afinal começar a sofrer de prisão de ventre crónica daí a umas semanas? Isso de fazer spoilers depois de ver as coisas é muito fácil. Difícil é acertarem como é que se vai chamar o filho da Mafalda e do Kapinha. Aliás, quero aproveitar para louvar a iniciativa do casal, porque se o Djaló e a Luciana tivessem feito o mesmo, talvez ainda tivéssemos chegado a tempo de evitar que baptizassem os filhos com nomes científicos de plantas carnívoras. 
Só para me vingar das pessoas que me brindam constantemente com spoilers, cá vai disto: este fim de semana vi os dois volumes do filme "Ninfomaníaca", e é sobre uma gaja que é viciada em sexo. Inchem! Gostaram? É bom não é? E agora estão alguns de vocês a pensar: "Ah, oh Pedro.. já tinhas escrito essa no Facebook do Blog!" Lá está: não se riram porque já sabiam como acabava a piada, não foi? É mais ou menos o que acontece às outras pessoas quando vocês escarrapacham spoilers no mural do Facebook.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Faltam 58 dias (e uma Geleira) para o Verão *

Faltam menos de dois meses para o Verão, por isso acho que deviam começar a pensar em emagrecer. E em comprar as vossas geleiras. Sim, estou a falar daquele objecto azul cueca, que os emigrantes e as típicas famílias tugas, em que o pai tem bigode farfalhudo, usam. E porquê? Por diversos motivos.
O primeiro motivo é porque, se no percurso até ao local da praia onde pretendem arrefinfar os glúteos na areia se sentirem fatigados, a geleira serve perfeitamente para alaparem as vossas bundas esculturais em cima dela e descansarem as varizes. Depois, porque na geleira podem guardar e transportar todos os objectos que levam para a praia: desde toalhas, a raquetes, bolas, livros, os vossos filhos ou irmãos mais novos, tudo cabe numa geleira. Mas não só: a geleira é igualmente adequada para quem leva revistas e jornais, uma vez que faz com que as notícias sejam permanentemente frescas.
Além disso, a utilização da geleira faz com que não se sinta preocupação em abandonar a toalha para ir ao banho, uma vez que não há qualquer problema de se deixarem carteiras, telemóveis, óculos e outros objectos de valor no interior da mesma. Acham que algum larápio é suficientemente bimbo para roubar uma geleira e desatar a correr praia fora? Qualquer indivíduo que preze a sua masculinidade, prefere ter de andar com uma tanga de leopardo a vender pepinos numa praia do Algarve em Agosto, do que ser apanhado a correr com uma geleira na mão.
Por último, para quem faz campismo nas férias de Verão, a geleira é também um excelente contraceptivo, uma vez que se tiverem uma dentro da tenda, a probabilidade de "facturarem" é bastante mais reduzida.
E por fim, algumas mentes menos criativas dizem que também dá para transportar alimentos e bebidas. Mas isso é um bocado parvo. Eu acho.
* Texto retirado do Blog antigo. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Diz-me como falas ao telemóvel, dir-te-ei quem és!

Não simpatizo com pessoas que falam alto ao telemóvel. Sim, estou a falar daquele tipo de gente que acha que deve utilizar na conversação um nível de decíbeis proporcional à distância a que o receptor está de si. O que acaba por suceder, é que a pessoa fala para o telemóvel como se tal objecto fosse um idoso octogenário sem aparelho auditivo, fazendo inevitavelmente com que todas as pessoas à sua volta ouçam a conversa.
Acontece que se eu quisesse saber da vida dos outros, lia aquele tipo de revistas que vocês, pessoas simples e pouco instruídas, tanto apreciam, e que para alguém letrado como eu, não passam de literatura para arrear o calhau. Arrear o calhau.. no pinhal. Porque em casa sempre tive papel higiénico, e nunca precisei de limpar o meu escultural rabo a uma página de revista que dê conta do novo hit musical de uma ex-concorrente da Casa dos Segredos, com um indivíduo africano. O meu rabo merece melhor que isso. Merece um papelinho mais suave, e de folha dupla. Vá, agora parem lá de pensar no meu rabo. Ladies, hold your orgasms please!
Eu pertenço a outro leque de pessoas quando falo ao telemóvel: àquelas que percorrem para aí 8 Km’s, às voltas, de um lado para o outro, enquanto estão a falar com uma pessoa que está a 2 Km’s de distância, em linha recta. O que, vendo bem as coisas, também é um bocado parvo. Não sei porque é que isto acontece. É instintivo. E ao mesmo tempo uma questão de respeito pelo objecto, já que ele se chama “telemóvel” e não "telenãomexasapeida". Mas é igualmente uma questão de saúde e bem-estar. Senão vejamos: se vocês fizessem o mesmo, talvez estivessem um bocadinho mais magros. Sim, porque com esses bandulhos a que chamam "barriguinha", bem podem andar duas vidas a mamar daqueles sumos de espinafres com kiwis, que a coisa não vai lá.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Os estupefacientes (des)entopem a veia criativa?

A Publicidade está em todo o lado. Da televisão ao email, passando pela caixa do correio e mais recentemente até pelos vídeos na internet, é difícil concebermos uma hora da nossa existência sem de alguma forma sermos confrontados com publicidade. Para quem consome pornografia, às vezes pode até tornar-se bastante desagradável, porque ao estar uma pessoa pronta para ver o vídeo de um um rapaz do Zimbabué a escavacar duas gémeas suecas, aparece um anúncio a medicamentos para regular o trânsito intestinal a dar cabo do clima.
Mas existem alguns anúncios que ficam mais na retina do que outros. E há uma marca que a mim me fascina particularmente. Agora é aquela parte em que vocês, pessoas eruditas e entendidas em matéria de Publicidade, estão a pensar que falo da Optimus, da PT ou da Vodafone. Mas não. Estou a falar da Milka!
Vacas lilases a pastarem nos Alpes, é coisinha para me deixar a pensar que os escritórios da Milka devem ser uma espécie de Woodstock dentro de quatro paredes. Por que raio é que o símbolo de uma marca de chocolates é uma vaca lilás? Provavelmente, porque na altura dos sócios escolherem a imagem da empresa, tinham posto pouco tabaco e a "cena" estava a bater muito. E quase que aposto que o processo criativo da imagem da marca "A Vaca que Ri" não deve ter sido muito diferente, havendo uma única nuance: é que aí a vaca também fumou.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sumos Detox

Ia eu a descer as escadas do prédio, quando dei com um líquido esverdeado, com uma consistência esquisita, em dois degraus. Pensei para comigo: bem, das duas uma: ou a vizinha da frente foi passear a bebé, e a miúda ia a perder molho da fralda; ou então já anda alguém aqui no prédio a beber sumos detox! Pronto, nada disto aconteceu. Foi só uma maneira bonita (?) e elegante (!) que encontrei de fazer uma analogia entre o conteúdo da fralda de um recém nascido, e aquelas bebidas que muitas pessoas acham que lhes purificam as entranhas. Eu quando olho para aquele misto de hortaliças, pepinos, couves e kiwis centrifugados, lembra-me sempre que deve ser mais ou menos aquilo que o Hulk vê quando está constipado e olha para o lenço depois de se assoar. Vá, garotada. Se querem purificar o interior, vão à Igreja e emborquem a pia da água benta. Agora isso de misturar ingredientes numa liquidificadora, com o mesmo critério de quem faz a grelha da programação da TVI, tem de acabar. 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

As Fashion Bloggers também comem caracóis.

Não tarda está aí o segundo boom anual de corrida aos ginásios. O primeiro, no início do ano, veio em jeito de resolução de Ano Novo de muito boa gente. O segundo, chega agora em meados de Maio e início de Junho, por parte de pessoas que querem estar esculturais em Agosto. Ao mesmo tempo do segundo boom anual de corrida aos ginásios, vem também o boom anual de corrida aos caracóis. Até aquelas mulheres que trazem toalhetes desinfectantes na carteira, ou as que forram as sanitas dos WC dos espaços públicos com papel higiénico antes de se sentarem, comem caracóis como se fosse a coisa mais higiénica do mundo. Como se meter na boca um bicho asqueroso, que vive no meio da ranhoca, e que traz as fezes agarradas ao próprio corpo, fosse coisa chique. Aposto que até algumas Fashion-Bloggers comem caracóis. E que, em plena esplanada, os chupam de uma tal forma, que o barulho provocado pela sucção do molho de ranhoca do interior da casca de um único molusco, se assemelha a snifar uma embalagem inteira de Capri-Sonne com o nariz. Vá rapaziada, mais calminha nisso. Os caracóis não precisam que os chupem com o entusiasmo de quem faz sexo oral ao Clooney ou à Scarlett. Até porque se lhes apetecer, eles possuem o aparelho genital ao lado da boca. Não sabiam desta, pois não? Estão sempre a aprender comigo.

Fotos tipo-passe? Nunca mais. *

Estou pior que estragado. Fui alvo de chacota por parte de um fotógrafo chamado Tony. Ainda por cima Tony com "y". Na verdade fui eu que me meti a jeito. Salvo seja. Precisava de tirar fotos tipo-passe, e ao entrar no estabelecimento do senhor Tony, que tem fotografias, máquinas fotográficas, molduras e rolos fotográficos na montra, saio-me com o seguinte rasgo de génio sobre a forma de palavras: "Desculpe, tira fotografias?", ao que o Tony me responde com: "Olhe bem à sua volta, o que é que acha?" (Tony 1 - 0 Pedro)
Fiquei a matutar na estupidez da minha questão, e na contrastante notável resposta do provável "Senhor António", durante algum tempo. Tempo suficiente para me mentalizar de que, futuramente, voltarei àquele espaço e perguntarei ao Tony se tem bifes do lombo, só para ele não ter a mania que é esperto. 
Sentei-me para tirar a fotografia. Notei que me tinha esquecido de tirar a carteira do bolso de trás. Levantei-me e pousei-a num banco preto que estava ao meu lado. O Tony, fanfarrão, sai-se com: "Carteira preta num banco preto, aposto que se vai esquecer dela aí..". O Tony acabava de me dar uma aberta para restabelecer a igualdade que eu não podia desperdiçar. "Então se eu deixasse aqui a carteira, como é que lhe pagava à saída? Em versos do Bocage?" (Tony 1 - 1 Pedro)
Volto a sentar-me. O Tony aponta a objectiva na minha direcção. Quando se preparava para tirar a fotografia, diz-me, e passo a citar: "Humedeça os lábios.Não percebi se foi uma tentativa da parte dele em fazer o 2-1, ou se é uma prática corrente no mundo da fotografia. Na verdade, preferi ficar na ignorância. Não fosse ele ainda querer que lhe pagasse em miminhos..

* Uma vez por semana publico um texto retirado do Blog antigo.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Julgar um livro pela capa.

É comum dizer-se que não devemos julgar um livro pela capa. Diz-se nos mais variados contextos, como por exemplo a propósito da gorda do 3º Direito, cujas banhas a sair para fora das calças nos fazem lembrar a parte de cima do muffin que comemos ao lanche. No fundo, a expressão significa que o facto de ela se parecer com um cachalote prestes a parir, não quer dizer que interiormente não seja a Madre Teresa de Calcutá. Também ouvimos dizer que 'não devemos julgar um livro pela capa', quando nos levam a comer sushi pela primeira vez. Como se comer peixe cru enrolado em arroz, nos levasse a ter uma epifania que nos fosse fazer acreditar que os bifes de vaca com batatas fritas deviam ter sido extintos no século XVII.
Eu cá não gosto da expressão, sobretudo quando utilizada no sentido literal. É que eu julgo os livros pela capa. Aliás, esse é o critério principal para que um indivíduo estúpido, parvo e sem cultura como eu, pegue num livro. Quem me vê numa Bertrand com ar de especialista, mal sabe que por baixo deste meu ar de intelectual está uma criança, cujo critério na hora de escolher os livros está nas cores e na bonecada da capa. No fundo, se uma besta como eu entrar numa livraria sem nenhum livro recomendado, é mais provável trazer para casa o último do "Bob o Construtor", do que qualquer livro do Saramago, cujas capas são bastante enfezadinhas.
e por ter falado em saramago e aproveitando o embalo quero dizer-vos que me irrita profundamente esta nova mania de os escritores tentarem vincar uma imagem de marca recorrendo a especificidades ao nível da escrita como a não utilização de alguns sinais de pontuação. ou de letras maiúsculas no início das frases. não sei como conseguem. !esquerda a para direita da escrever a começam dia Qualquer

sábado, 5 de abril de 2014

Ribatexas, um universo paralelo. *

O homem ribatejano tem uma particularidade que o define, além dos oito centímetros a mais no pénis: tem mais amor ao carro do que à própria esposa. Ribatejano que é ribatejano, todos os fins de semana sai religiosamente de casa para lavar o carro, fazendo com que a frequência de lavagem do veículo seja muitas vezes superior à frequência de "lavagem" do seu próprio corpo. Aliás, o homem ribatejano preocupa-se mais em lavar o carro ao fim de semana, do que em levar a esposa e os filhos a passear. Não é à toa que aqui no Ribatejo, já desde o Estado Novo que o lema "Deus, Pátria, Família" foi substituído pelo ainda actual "Deus, Vinho Tinto, Automóvel". E o facto de Deus aparecer em primeiro lugar nesta tríplice, continua a ser bastante discutível nos dias de hoje. 
Ribatejano que é ribatejano não lava o seu veículo nas lavagens automáticas, porque tem medo que a máquina o risque. Ribatejano que é ribatejano muda o pinheiro de cheiro do carro semanalmente. Uma embalagem de toalhetes para limpar o tablier do carro dura uma semana a um ribatejano. No entanto, um rolo de papel higiénico em casa é coisinha para lhe durar aí seis meses. O ribatejano enche o reservatório da água do carro três vezes por semana, mas, se a mulher lhe pedir para pegar numa garrafa de água e regar as flores, o mais provável é ele mandá-la para casa da alcoviteira que a deu à luz (recorrendo ao equivalente calão "ir para a puta que a pariu"). E for falar na relação do ribatejano com a esposa, quando um ribatejano bate com o carro, a culpa é sempre da mulher dele. Quer ela esteja no veículo, quer não esteja. Se estiver é porque o distraiu, se não estiver é porque devia estar e não estava.

                                           * Uma vez por semana publico um texto retirado do Blog antigo.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Não Me Toca (Estou com Gripe) !

Afinal de contas o Dia das Mentiras foi hoje ou foi no Domingo? Não era suposto termos adiantado a hora dos relógios para passarmos ao "Horário de Verão"? Qual é a parte de "Verão" no meio deste novo "horário"? Sou apologista de que no Dia das Mentiras não se deve acreditar em nada, nem confiar em ninguém. No fundo devemos adoptar a mesma postura que deveríamos ter nos restantes dias do ano. Se assim fosse, eu não teria acreditado na conversa do "Horário de Verão", e no Domingo não tinha saído à rua de bikini, mini-saia e chinela havaiana, como forma de prestar homenagem à recém chegada do Equinócio. Sim, às vezes dá-me a maluqueira e visto saias e bikinis. Fiz a depilação nas virilhas e tudo, para não se ver a farfalheira a sair debaixo da cueca, mas mais valia ter estado a cultivar matagal mais um mês ou dois. É que este meu "soltar da franga", aliado ao facto de o São Pedro estar sem fraldas para a incontinência, fez com que aqui este rapagão se constipasse.
O Fernando Pessoa dizia que "Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol". Eu responder-lhe-ia assim: "Nos tomates é que é, Fernando!". Acredito que para um gajo que tinha heterónimos tal fosse verdade, uma vez que quando um se constipava, ele podia ser um dos outros três, e assim escusava de andar todo ranhoso, a mamar Mebocaínas e Ilvico Antigripal de oito em oito horas. Mas aqui para este poeta que vos escreve, um dia de chuva não passa de uma grande caca. Sobretudo porque as defesas do meu organismo devem ser mais fraquinhas que a dupla de centrais 'Reyes-Abdoulaye'.
E pronto, para aqui estou embrulhado numa manta, com lenços e pastilhas para a garganta ao lado. E para não deprimir, vou pensando em coisas que me fazem feliz, como imaginar o Anselmo Ralph e a Alexandra Lencastre a discutirem Economia Internacional, ou o Malato vestido de pijama de Verão.